No país, 10 mil crianças recebem refeições quando vão estudar. Alimentação escolar foi implementada por projeto de agências da ONU, como o Programa Mundial de Alimentos (PMA), e também pelo governo. Iniciativas combinam compras de alimentos da agricultura familiar ao fornecimento de merenda, para fortalecer economias locais.
Fruto de uma parceria entre agências da ONU, os governos do Brasil e Reino Unido e países africanos, o Programa de Aquisição de Alimentos para a África, também conhecido como PAA África, lançou em julho (28) um documentário sobre iniciativas de alimentação escolar que tem desenvolvido na Etiópia, onde 10 mil estudantes recebem refeições quando vão estudar.
“Às vezes, os alunos chegavam à escola sem tomar café-da-manhã e isso prejudicava a sua atenção. Mas nesta escola, agora, são fornecidas refeições regulares. Portanto, eles prestam atenção às aulas sem se distrair, a sua participação é boa e eles não estão mais ausentes ou faltam à escola”, comenta o professor de uma das escolas parceiras, Gatso Beshah.
O diretor do centro de ensino, Memihiru Melkamu, também destaca o aumento na frequência escolar. “Por exemplo, tínhamos apenas 447 estudantes matriculados, mas agora, temos 1.724. Tivemos redução da taxa de abandono escolar de 1,4% para zero”, explicou.
“Em relação aos resultados dos alunos, tínhamos uma taxa de aprovação de 54% em 2013, que agora atingiu 100% em 2015. A percentagem de retenção também aumentou dramaticamente”, acrescentou Melkamu.
Na Etiópia, o PAA África está sendo desenvolvido na Região das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul (SNNPRS, sigla em inglês), onde 2.815 agricultores familiares fornecem alimentos produzidos localmente para escolas da localidade.
No continente africano, a iniciativa é implementada em conjunto pelos governos nacionais, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) e pelos governos do Brasil e do Reino Unido.
A iniciativa combina a compra de alimentos produzidos pela pequena agricultura ao fornecimento de merenda escolar. Isso contribui não apenas para fortalecer a segurança alimentar e nutricional das crianças em idade escolar, mas também para construir comunidades agrícolas mais resilientes. Até o momento, o PAA África já chegou à Etiópia, Moçambique, Níger e Senegal.
Eu achei muito legal a participação do Brasil nesse projeto, espero que seja divulgado e contínuo. Esse documentário me lembrou um filme, Uma Lição de Vida, que conta a história de um senhor queniano de 84 anos que queria estudar. Este filme está disponível na Netflix.
Referência: <https://nacoesunidas.org/programa-de-alimentacao-escolar-da-onu-para-a-africa-lanca-documentario-sobre-iniciativas-na-etiopia/>.
Por: Isabela Maria Soares Siegrist nº 21